O governo brasileiro já definiu quem será o próximo embaixador do país na Síria. No entanto, o pedido de "agrément" (autorização) para o diplomata José Estanislau do Amaral Souza Neto só deverá ser apresentado a um governo sem Bashar al-Assad.
A embaixada do Brasil na Síria tem funcionado provisoriamente em Beirute desde julho passado, quando todo o corpo diplomático brasileiro deixou Damasco por razões de segurança.
Há cerca de um mês, a representação também está a cargo de um encarregado de negócios, já que o então embaixador, Edgard Casciano, foi nomeado para a embaixada do Brasil em Atenas.
Souza Neto, que atualmente é ministro-conselheiro na missão do Brasil para a OMC (Organização Mundial do Comércio), em Genebra, assumirá em breve como encarregado de negócios na embaixada para a Síria.
Num gesto político, o Brasil vai segurar sua indicação como embaixador para um futuro governo sírio. O governo não quer apresentar as credenciais a Assad --uma sinalização do descontentamento brasileiro com a crescente violência do regime.