Milhares de pessoas de diferentes movimentos políticos fizeram um protesto nesta quarta-feira em Moscou pedindo a liberação das pessoas presas durante a eleição do ano passado, que reelegeu o presidente Vladimir Putin.
Os organizadores do evento, chamado "Marcha por sua liberdade e pela nossa", afirmam que as prisões fazem parte da pressão política do presidente contra a oposição. Os manifestantes levavam faixas com mensagens como "Putin vergonha da Rússia" e "Abaixo a autocracia presidencial".
Sergei Karpukhin/Reuters | ||
Opositores russos levam cartazes contra Putin em protesto pela liberação de rivais do presidente em Moscou, nesta quarta |
O principal opositor de Putin, Alexei Navalny, atualmente julgado por desvio de recursos, compareceu ao protesto. Também se juntaram ao ato ativistas gays, que reivindicavam a revogação da lei aprovada na terça (11) que pune a "propaganda homossexual".
A intenção é chegar até a praça Blotnaia, em frente ao Kremlin, onde ocorreram os confrontos de 6 de maio de 2012, quando dezenas de opositores foram presos após enfrentar a polícia em um protesto contra a posse de Putin.
Devido à participação do evento do ano passado, 28 pessoas foram indiciadas, sendo que 12 delas começaram a ser julgadas na semana passada. Os outros 16 continuam presos, a espera de que seus processos criminais avancem.
A origem da violência causa polêmica, já que o governo diz que foi causada pelos manifestantes e os opositores acusam aliados de Putin de provocar o conflito.