Um homem morreu neste domingo após confrontos entre manifestantes aliados e contrários ao grupo radical libanês Hizbullah em frente à embaixada do Irã em Beirute, capital do país. A ação aconteceu após protestos contra a atuação da milícia na repressão a rebeldes na Síria.
O Hizbullah participou do cerco das forças do regime do ditador sírio, Bashar al-Assad, à cidade de Qusair, na fronteira com o Líbano. Cerca de 4.000 milicianos se juntaram aos soldados do governo sírio e conseguiram expulsar os rebeldes da região na semana passada, após 20 dias de combates.
Wael Hamzeh/Efe | ||
Seguranças da embaixada do Irã agridem manifestante de partido libanês pró-rebeldes sírios em protesto neste domingo |
Grupos de ativistas dizem que centenas de pessoas morreram na ação. Outras 800 foram feridas e levadas para tratamento médico em hospitais libaneses. O cerco fez com que mais de 30 mil pessoas saíssem da cidade e se refugiassem em campos dentro da Síria e no Líbano.
O protesto deste domingo aconteceu em frente à embaixada do Irã em Beirute. A República Islâmica é uma das principais aliadas de Damasco e é acusada de financiar e fornecer armas ao grupo libanês. Segundo testemunhas, a morte aconteceu após uma briga entre aliados do Hizbollah e seus adversários.
Ainda não se sabe que lado disparou ou de que lado era o militante morto. Várias pessoas também ficaram feridas após o incidente. Mais cedo, integrantes do libanês Partido Popular Nacionalista Sírio, que apoia os rebeldes sírios, entraram em confronto com a segurança da representação iraniana.
Nos últimos meses, o Líbano tem sido mais afetado pela crise na Síria, em especial pela entrada do Hizbullah nos combates e devido às tensões sectárias no norte do país. Em Trípoli, a segunda maior cidade libanesa, bairros sunitas, aliados dos rebeldes, enfrentam os bairros alauitas, que apoiam Assad.
O país também é um dos que abrigam a maior colônia de refugiados sírios, que chega a 300 mil pessoas. No total, mais de 1,5 milhão de sírios saíram do país durante os confrontos entre o regime de Bashar al-Assad e os rebeldes, iniciados em março de 2011.