Folha de S. Paulo


Explosão de carro-bomba mata sete em bairro pró-regime na Síria

Pelo menos sete pessoas morreram e dezenas ficaram feridas após a explosão de um carro-bomba neste sábado em um bairro alauita da cidade de Homs, região central da Síria. A área é um dos principais bastiões rebeldes e a capital da Província onde fica Qusair, retomada pelo regime sírio nesta semana.

A ação aconteceu no bairro de Nozah, de maioria alauita, vertente do xiismo à qual pertence o ditador Bashar al-Assad. A principal suspeita é que a ação seja uma represália de grupos rebeldes, em sua maioria sunitas, contra os últimos avanços do governo.

Efe
Policiais sírios inspecionam restos de carro-bomba explodiu no bairro de Nozah, de maioria alauita, em Homs, na Síria
Policiais sírios inspecionam restos de carro-bomba explodiu no bairro de Nozah, de maioria alauita, em Homs, na Síria

Nesta semana, o regime sírio retomou o controle da cidade de Qusair, na Província de Homs, que fica na fronteira com o Líbano, após três semanas de batalhas contra os rebeldes. A operação contou com o apoio de militantes do grupo radical libanês Hizbullah, que pela primeira vez atuaram oficialmente na região.

A cidade é considerada estratégica para os dois lados do conflito. Qusair é a passagem para a região da costa do Mediterrâneo, dominada por alauitas, o que representa um reforço para o governo. Por outro lado, é rota de entrada de armas para os rebeldes.

Neste sábado, o canal estatal sírio informou que as tropas do Exército retomaram a vila de Buweida, entre Homs e Qusair. A pequena cidade era a última área de resistência rebelde no norte da Província de Homs, que passa a ser controlada pelo regime sírio.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, a ação voltou a contar com a presença de combatentes do Hizbullah. As informações não podem ser confirmadas de forma independente devido às restrições impostas por Damasco ao trabalho de jornalistas e organizações internacionais.

O conflito na Síria começou em março de 2011 com uma série de protestos contra o regime do ditador Bashar al-Assad, mas se transformou em uma guerra civil que toma todo o país. De acordo com a ONU, pelo menos 80 mil pessoas morreram no país devido aos combates.


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