Folha de S. Paulo


Mancha de óleo vinda do Equador não ameaça Brasil, afirma Ibama

São remotas as chances dos 10 mil barris de petróleo derramados no último dia 31 pela estatal equatoriana Petroecuador, no rio Napo, naquele país, chegarem ao Brasil. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo), a mancha de óleo nesta sexta-feira estava no Peru e a 900 quilômetros do Brasil.

A agência, junto com a Petrobras, Ibama e Marinha montaram uma força tarefa para acompanhar o deslocamento da mancha desde sexta-feira passada.

A presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou hoje que não há preocupações do óleo atingir o Brasil e acrescentou que a companhia está colaborando com a recuperação da área.

O acidente que ameaça a bacia amazônica ocorreu após o rompimento do oleoduto Transecuador devido a fortes chuvas na provincía de Sucumbios, segundo informou o Parlácio do Itamaraty.
Após o vazamento o óleo se deslocou para o rio Napo, no território peruano, mas a maior parte do óleo ainda permanece no Equador.

"A Petroecuador contratou a Clean Caribean and Americas, que atuou na limpeza do Golfo do México para limpar o local", informou o Itamaraty.

O governo peruano também informou que montou uma barreira para evitar que o óleo se espalhe na região.

De acordo com o o Ibama, o Ministério do Meio Ambiente do Peru enviou um relatório ao governo brasileiro, que foi repassado ao Ibama, esclarecendo as medidas adotadas em resposta ao derramamento de óleo no rio Napo.

"A estimativa é de que foram vazados cerca de 10 mil barris", informou o órgão ambiental brasileiro.

Ainda segundo o relatório, foi contratada uma empresa internacional especializada em resposta ao derramamento de óleo. "A avaliação técnica é de que são remotas as possibilidades de o óleo atingir o Brasil", disse o Ibama em nota. (DENISE LUNA)


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