Folha de S. Paulo


Análise: Cobertura nos EUA segue "Guardian", mas logo pisa no freio

A partir da notícia do "Guardian" sobre o acesso do governo americano a dados telefônicos privados, o "New York Times" postou editorial na tarde de quinta-feira, criticando "o arrastão do presidente Obama" --o abuso de poder, avançando sobre a privacidade dos indivíduos.

Um trecho mais agressivo ecoou imediatamente via Twitter: "A administração perdeu agora toda a credibilidade". Horas depois, o trecho foi alterado para: "A administração perdeu agora toda a credibilidade nesta questão".

A identificação da mudança, por sites como NewsDiffs , ampliou a reação via mídia social, com acusações de que o jornal, que é de linha liberal como Obama, teria suavizado sua crítica.

Hoje pela manhã, o editor de editoriais, Andrew Rosenthal, soltou nota e deu uma série de entrevistas on-line, dizendo que a mudança foi só para "esclarecer" o ponto, porque "algumas pessoas não estavam entendendo" que não era uma crítica ao governo como um todo.

"WP" TAMBÉM

Além do "NYT", o "Washington Post", que noticiou na noite de quinta, junto com o "Guardian", o acesso do governo americano também aos dados privados de usuários do Google e outras gigantes de tecnologia, alterou parte de seu conteúdo sobre os escândalos de desrespeito à privacidade.

O jornal retirou de sua reportagem a afirmação de que Google/YouTube, Facebook, Apple e outras "participaram com conhecimento" da operação.


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