Folha de S. Paulo


Jordânia bloqueia acesso a 300 sites de notícias por críticas ao rei

O governo da Jordânia bloqueou o acesso dos cidadãos a 300 sites de notícias. A medida acontece por conta de uma nova lei que os jornalistas e especialistas consideram como uma censura perigosa destinada a minar a crítica ao rei Abdullah 2º.

O texto, aprovado em setembro na medida em que a oposição ao rei aumentou, exige que sites de notícias baseados no país se registrem junto ao governo, paguem US$ 1.400 (quase R$ 3.000) de licença e somente contratem jornalistas sindicalizados como editores, algo pelo qual os donos de sites dizem não poder pagar.

Essa lei também torna os editores legalmente responsáveis não só pelo conteúdo dos artigos publicados mas também pelos comentários feitos pelos leitores, a maioria anonimamente.

Centenas de sites noticiosos surgiram, nos últimos anos, na Jordânia. Muitos incluem comentários críticos ao governo e alguns publicaram documentos que detalham as atividades e os gastos da família real.

O bloqueio entrou em vigor neste domingo (2). Cerca de 80 pessoas realizam um protesto diante do sindicato dos jornalistas jordanianos nesta segunda-feira. Há planos de realizar mais uma manifestação, em frente ao Parlamento, na quinta (6).

Noventa e dois sites que fizeram o registro exigido pelo governo continuam funcionando normalmente.


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