O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, afirmou nesta quinta-feira (23) que o ataque em Woolwich, na região sudeste de Londres, foi um ato terrorista e uma traição ao Islã.
Ele confirmou que a vítima, ainda não identificada, era um soldado das Forças Armadas britânicas. Há instantes, a rede BBC identificou um dos dois suspeitos, que foram baleados e estão presos, como Michael Adebolajo.
"Isso não foi só um ataque ao Reino Unido e ao estilo de vida britânico, mas também uma traição ao Islã e às comunidades muçulmanas que contribuem tanto para o nosso país", afirmou Cameron.
"As pessoas que fizeram isso estão tentando nos dividir. Elas deveriam saber que isso só vai nos unir e nos tornar mais fortes", disse.
O primeiro-ministro prometeu combater o terrorismo e disse que os responsáveis pelo ataque serão julgados pela Justiça.
"Este país continuará firme para resistir à violência extremista e ao terror. Nós nunca vamos nos render ao terrorismo em nenhuma de suas formas."
Cameron disse que o caso está sob investigação rigorosa e que não daria informações sobre a identidade dos dois suspeitos presos.
"A polícia e os serviços de segurança vão seguir cada pista e não vão descansar até que saibamos cada detalhe do que aconteceu e levar os responsáveis para a Justiça."
Ele ainda pediu que os britânicos mantenham a tranquilidade e continuem a viver normalmente. "Uma das melhores formas de vencer o terrorismo é continuar com nossa vida normal, e isso é o que nós vamos fazer."
INVESTIGAÇÃO
Há instantes, a rede BBC identificou um dos suspeitos como Michael Adebolajo. De acordo com a emissora, o homem é de família cristã e se converteu ao Islã, e estudou sociologia.
Ele e o outro suspeito seriam cidadãos britânicos de origem nigeriana. Ainda não há confirmação sobre supostas ligações com organizações terroristas. A polícia investiga se eles agiram sozinhos ou se seguiram ordens de líderes fundamentalistas.
Mais cedo, Cameron disse que não poderia dar detalhes sobre as investigações, que correm em sigilo e contam com a participação do serviço secreto MI-5.
A polícia interditou ruas próximas ao local do atentado e continua a examinar a cena do crime. O prefeito de Londres, Boris Johnson, visitou a área e pediu que a população continue a levar suas vidas de forma normal.