Após meses de suspense, o ex-presidente centrista Ali Akbar Rafsanjani (1989-1997) formalizou sua entrada na corrida para a eleição presidencial no Irã, numa reviravolta capaz de incendiar uma campanha até então apática.
Ontem, a cinco minutos do fim do prazo, Rafsanjani foi ao Ministério do Interior, em Teerã, e apresentou sua candidatura ao órgão que avalia a lealdade dos presidenciáveis à Revolução Islâmica.
Misto de aiatolá e empresário bilionário, o ex-presidente exerce influência que torna provável sua inclusão na lista dos autorizados a concorrer no pleito de 14 de junho.
Quatro anos após ter manifestado simpatia pelos eleitores que contestaram a reeleição do conservador Mahmoud Ahmadinejad, especula-se que Rafsanjani se torne a opção preferencial de milhões de críticos do regime.
Esfandiar Mashaee, candidato apontado por Ahmadinejad, também se inscreveu --o presidente não pode concorrer devido à limitação de dois mandatos seguidos.
Ex-chefe de gabinete presidencial, Mashaee defende políticas populistas capazes de lhe render alta votação. Mas não está claro se sua candidatura será aprovada.