Pelo menos cinco pessoas morreram nesta terça-feira em um atentado contra um comício eleitoral de um partido islâmico em Hangu, no noroeste do Paquistão. A ação acontece a quatro dias das eleições, em uma ofensiva de grupos radicais contra os partidos políticos.
O alvo da ação era o candidato Mufti Syed Janan, que fazia um ato de campanha em um mercado da cidade, que fica na Província de Khyber-Pakhtunkhwa, uma das com o maior número de conflitos com insurgentes no país. Ainda não há informações se ele foi ferido na ação.
Ele pertence ao partido Jamiat Ulema e Islam e sobreviveu a outro atentado a um comício do partido, desta vez na vizinha Província de Kurram, na segunda (6). A ação deixou pelo menos 23 mortos e dezenas de feridos.
Ainda não há informações sobre a autoria da explosão desta terça, mas o principal suspeito é o Taleban, que reivindicou o atentado de ontem. O grupo armado, que quer ter um Estado islâmico no noroeste paquistanês, foi responsável por atentados a comícios que deixaram quase cem mortos em pouco mais de um mês.
O partido atacado foi a agremiação islâmica com maior presença parlamentar na última legislatura, iniciada em 2009, em que houve boicote de outras frentes políticas muçulmanas. O líder do partido, Fazlur Rehman, foi alvo de dois atentados em Khyber-Pakhtunkhwa, que deixaram mais de 30 mortos há um ano.
Com um discurso ambíguo sobre o problema da violência do Taleban, em algumas ocasiões quase justificando, o partido compete com o partido de Imran Khan para conquistar os votos de religiosos conservadores da região, que é uma das áreas mais instáveis do Paquistão.