Folha de S. Paulo


Moscou proíbe que aviões comerciais russos sobrevoem a Síria

A agência de aviação russa proibiu nesta terça-feira a circulação de aviões comerciais do país no espaço aéreo sírio pelo risco de ataque antiaéreo. A decisão foi tomada após uma aeronave com 160 passageiros ter que desviar de rota após quase ser atingida por um morteiro.

O limite na circulação de aviões é uma das primeiras iniciativas de preservação de seus cidadãos desde o início do conflito, em março de 2011. Moscou é aliado ao regime de Bashar Assad e impediu a aprovação de sanções da ONU (Organização das Nações Unidas) contra o ditador.

Em comunicado, a Rosaviatsiya (Agência Federal de Transporte Aéreo, sigla em russo) disse que emitiu uma resolução em fevereiro pedindo para que as companhias evitassem o espaço aéreo sírio. Porém, a normativa não foi respeitada e a agência decidiu transformá-la em proibição.

Na segunda (29), a tripulação de um voo da Nordwind Airlines, que saiu de Sharm al Sheikh, no Egito, com destino a Kazan, na Rússia com 160 passageiros, foi obrigada a mudar de rota quando sobrevoava a Síria. Segundo a imprensa russa, o avião quase foi atingido por baterias antiaéreas.

Nem a companhia nem o governo confirmaram a informação, mas a suspeita aumentou o temor sobre a segurança dos voos que passam pela região, em especial com destino ao Egito e outros países do norte da África.

Diversas companhias aéreas suspenderam e proibiram as viagens com destino à Síria por temor de ataque aéreo ou falta de segurança nos aeroportos, dentre elas a Emirates, a British Airways e a Turkish Airlines. Nenhum avião comercial ainda foi derrubado nos dois anos de conflito.


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