Folha de S. Paulo


Acusado de enviar carta com veneno a Obama é liberado nos EUA

A Justiça Federal dos Estados Unidos liberou nesta terça-feira Paul Kevin Curtis, 45, acusado de enviar cartas com veneno a um senador e ao presidente Barack Obama na semana passada. Ele foi preso na quarta (17) em Corinth, no Estado do Mississipi.

Segundo o vice-comandante do Serviço de Delegados americanos (US Marshals) em Oxford, no Mississipi, Jeff Woodfin, ele deverá ser solto nas próximas horas. Ele diz não saber quais foram as razões para a isenção da prisão preventiva.

O acusado deveria ter sido indiciado nesta terça por envio de correspondência com conteúdo daninho, com agravante por ter sido enviada ao presidente dos Estados Unidos. Ele é o principal suspeito de ter mandado as cartas com ricina, veneno vegetal obtido a partir da semente de mamona.

Caso seja confirmada a culpabilidade contra Curtis, ele pode pegar até 15 anos de prisão e pagar multa de US$ 500 mil (R$ 1 milhão). Nas próximas horas, ele deverá comparecer a um tribunal do condado de Oxford, onde fica Corinth, para ser imputado.

A carta endereçada a Obama foi encontrada na terça, em uma estação de triagem a 6 km da Casa Branca. Além da correspondência ao presidente, foi enviada outra carta ao senador republicano Roger Wicker, que representa o Mississipi.

Outros pacotes suspeitos foram encontrados em três locais diferentes do Senado. Parte da Casa foi esvaziada, assim como três andares do prédio Hart, anexo à Câmara alta do Legislativo, onde ficam parte dos escritórios dos senadores.

Segundo o porta-voz do Serviço Secreto, Edwin Donovan, a carta não teve contato com o presidente e foi enviada para análise.

O envio das cartas suspeitas aconteceu dois dias após o atentado na linha de chegada da maratona de Boston, em que três pessoas morreram e 264 ficaram feridas. Devido à ação, a segurança do governo americano e de diversas cidades do país foi reforçada para evitar novos atos terroristas.


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