Folha de S. Paulo


China registra 22ª morte por novo vírus da gripe aviária

Subiu para 22 o número de mortos pelo vírus H7N9, da gripe aviária, na China. A última vítima foi um homem de 86 anos, que morava na Província de Zhejiang. Ao todo, o país registrou 108 casos desde a descoberta da doença no país, em março.

Segundo a agência de notícias Xinhua, o homem foi diagnosticado na última quarta (17) e estava internado em um hospital de Zhejiang. A secretaria de Saúde informou também que outros dois idosos, de 62 e 84 anos, foram confirmados com o novo vírus.

Devido ao risco da doença, o governo chinês fechou uma série de mercados de aves vivas em toda a região na semana passada e sacrificou milhares de animais. O país mantém em quarentena dezenas de pessoas que tiveram contato com as vítimas, embora ainda não tenha sido detectada transmissão do vírus entre humanos.

No dia 8, a Organização Mundial de Saúde (OMS) elogiou a China pela mobilização de recursos em todo o país para combater o vírus através do abate de milhares de aves e do monitoramento de centenas de pessoas próximas aos infectados.

O surto de gripe aviária causou preocupação global e alguns usuários da internet e jornais chineses têm questionado por que o governo levou tanto tempo para anunciar os novos casos, especialmente porque duas das vítimas ficaram doentes em fevereiro.

As autoridades chinesas inicialmente tentaram encobrir o surto de gripe aviária. No caso da cepa H7N9, as autoridades disseram que precisaram de tempo para identificar o vírus, com casos espalhados entre as províncias do leste de Zhejiang, Jiangsu e Anhui, bem como em Xangai.

Ações de companhias aéreas caíram na Europa e em Hong Kong em meio a temores de que o vírus poderia provocar uma epidemia semelhante à da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, na sigla em inglês), que surgiu na China em 2002 e matou cerca de 10% das 8.000 pessoas infectadas em todo o mundo.


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