Folha de S. Paulo


Kerry diz que Otan deve ter plano para ataque químico da Síria

O secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou nesta terça-feira que a Otan precisa de um plano para lidar com o uso de armas químicas na Síria. A preparação é um dos aspectos que o americano afirma que devem ser considerados para lidar com a crise no país.

O pronunciamento de Kerry acontece horas depois de Israel dizer ter provas de uso de armas químicas no país vizinho nas últimas semanas. Desde o início do conflito, há dois anos, o regime de Bashar Assad e os rebeldes trocam acusações sobre o uso do armamento.

A aplicação desse tipo de arma foi colocada como condição pelo presidente Barack Obama para uma ação militar estrangeira no país. Até o momento, Washington e países como Reino Unido e França ainda não conseguiram confirmar informações sobre a aplicação das bombas.

Em reunião com membros da Otan em Bruxelas, Kerry disse que todo o papel da aliança ocidental no processo foi apropriado. No entanto, pediu uma avaliação criteriosa e cautelosa para um plano de contingência em caso de uso confirmado de armas químicas.

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse estar "extremamente preocupado" com o uso de mísseis de longo alcance e a possibilidade do uso de armas químicas, mas afirmou que a aliança está pronta para se defender em caso de ataque a um dos seus 28 membros.

Dentre os integrantes da entidade, estão a Turquia que em dezembro recebeu uma série de baterias de mísseis Patriot para proteger a região de fronteira. A área recebia constantes bombardeios vindos da Síria, incluindo um que deixou cinco mortos na cidade de Akçakale, em outubro.


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