Folha de S. Paulo


Obama faz reunião sobre ataque em Boston; busca por suspeito continua

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se reuniu nesta sexta-feira com autoridades do governo em Washington para monitorar a operação policial para prender um dos suspeitos do atentado na maratona de Boston, na tarde de segunda (15).

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A operação começou no final da noite de quinta e continua na área metropolitana da cidade, concentrando-se em Watertown, onde os agentes buscam Dzhokhar Tsarnaev, 19, suspeito do ataque que continua foragido. O outro acusado, Tamerlan Tsarnaev, 26, morreu na madrugada durante perseguição policial.

Segundo a Casa Branca, a reunião durou uma hora e contou com a presença do diretor do FBI, Robert Mueller, do assessor de Segurança Nacional, Tom Dilon, e a assessora de Segurança Nacional da Casa Branca, Lisa Monaco.

Participaram também o secretário de Estado, John Kerry, a secretária de Segurança Interna, Janet Napolitano, e o diretor da CIA, John Brennan, ambos por videoconferência. Durante a madrugada, Obama recebeu vários informes da situação.

A polícia continua as operações com um cerco na região da rua Norfolk, em Watertown, onde os agentes dizem que está o suspeito. Perto do local do cerco, foi encontrada vazia uma camionete usada pelos supostos terroristas.

Devido ao cerco, as autoridades suspenderam todo o serviço de transporte público na região de Boston. O serviço federal ferroviário entre a cidade e o Estado de Rhode Island também foi suspenso. Os táxis voltaram às ruas por volta das 11h locais (12h em Brasília).

Patrick também recomendou que os moradores da cidade e também de Boston, Newton, Waltham, Allston-Brighton e Cambridge fiquem em casa e que abram a porta para agentes da polícia em caso de eventuais revistas.

Além do transporte público e do toque de recolher, os tribunais e o comércio não funcionarão até segunda ordem. Também foram fechados diversas universidades, como Harvard, as universidades de Boston e de Massachusetts e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, em inglês), onde um policial morreu.

PERSEGUIÇÃO

A caçada aos suspeitos começou na noite de quinta-feira, após dois crimes que aconteceram em um intervalo de menos de uma hora. Por volta das 22h30 (23h30 em Brasília), o segurança Sean Collier, 26, foi morto em um campus do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, em inglês).

Em seguida, a polícia recebeu a informação de que uma camionete foi roubada na mesma região.

A rede de televisão NBC informou que conversou com o motorista e este disse que passou por um sequestro relâmpago e liberado em um posto de gasolina. A vítima disse que os dois criminosos que o abordaram eram os responsáveis pelo atentado na maratona.

Minutos depois, a polícia localizou o carro roubado e começou uma troca de tiros com os suspeitos. Os agentes afirmam que durante o tiroteio foram jogados "elementos explosivos" contra a polícia. Testemunhas dizem que os artefatos pareciam granadas, embora outras afirmam que viram bombas feitas com panelas de pressão.

Durante a troca de tiros, o agente de trânsito Richard Donohue, 33, que fazia a segurança de uma estação de metrô, foi baleado e gravemente ferido. Ele foi internado em estado grave com ferimentos graves na perna e precisou de transfusão de sangue.

Ainda não está claro como Tamerlan Tsarnaev, 26, foi morto durante a perseguição. Agentes da polícia dizem que ele portava cintos de explosivos, mas os médicos disseram que ele também tinha marcas de bala no corpo. Não se sabe se ele morreu em tiroteio ou após a explosão das bombas.

Após a ação, o segundo suspeito, Dzhokhar Tsarnaev, 19, furou o bloqueio da polícia e está foragido até agora. Não há informações precisas sobre de que forma ele fugiu, como ele saiu do local e a trajetória do suspeito nas últimas horas.

No final da manhã, os policiais encontraram uma camionete vazia em Watertown, próximo à região onde policiais fazem cerco para encontrar o suspeito foragido. Os dois acusados, que a polícia acreditam que sejam irmãos, eram de origem tchetchena e viviam nos Estados Unidos legalmente.

Editoria de Arte/Folhapress

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