O ex-ditador do Egito Hosni Mubarak foi transferido nesta quinta-feira do hospital militar onde foi internado para a prisão de Tora, onde espera julgamento por acusações de corrupção e cumplicidade nas mortes de manifestantes durante a revolta que terminou com sua deposição, em 2011.
O pedido foi feito na quarta (17) pelo procurador-geral do Egito, Talaat Ibrahim, que considerou que o ditador tem na prisão os recursos necessários para seu tratamento.
Segundo a agência de notícias local Mena, o ditador saiu do local durante a madrugada, após centenas de aliados fazerem uma manifestação que bloqueou a rua da unidade de saúde. Além de pedirem a libertação de Mubarak, os partidários do ex-mandatário queriam a saída do atual presidente, Mohamed Mursi.
Ele estava internado no hospital militar desde dezembro, após ter uma piora no estado de saúde. A volta à prisão foi pedida na semana passada, após Mubarak aparecer em boas condições no tribunal do Cairo, onde deveria ter começado o novo julgamento sobre a morte dos manifestantes.
O julgamento será repetido no dia 11 de maio, após o juiz que estava à frente do caso decidir abandonar o processo. Junto a Mubarak voltam ao banco dos réus o ex-ministro de Interior Habib al Adli, também condenado a prisão perpétua em sua primeira sentença, e seis de seus ajudantes que tinham sido absolvidos.
Mubarak, seus dois filhos e um empresário também estão sendo julgados por enriquecimento ilícito e por favorecer a exportação de gás a Israel a preços abaixo do valor de mercado.