Folha de S. Paulo


Susan Rice indica cooperação com o Brasil em segurança após atentados em Boston

Susan Rice, embaixadora dos EUA na ONU, evitou fazer comentários sobre os atentados em Boston nesta quarta, 17, após participar de uma reunião com o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Antonio Patriota.

Segundo Rice, ainda não é possível fazer uma análise completa dos motivos do ataque, nem de seus autores. No entanto, indicou uma cooperação com o Brasil para a segurança e preparação de resposta imediata a eventuais ataques nos grandes eventos esportivos que o país sediará (Copa-2014 e Olimpíada-2016). A resposta de Boston nos minutos que sucederam ao atentado foram elogiadas.

"Nós somos abençoados pelo fato de que, em Boston, tivemos resposta imediata de primeiro padrão e um sistema médico de alta qualidade. Certamente, assim que reforçarmos nossa própria habilidade de prever e responder a tais incidentes, nós iremos querer dividir quaisquer lições que aprendamos, de uma forma aberta, com parceiros como o Brasil. Nós esperamos fazer isso", afirmou.

CONSELHO DE SEGURANÇA

Em reunião com Rice antes da coletiva de imprensa, Antonio Patriota voltou a tratar do desejo brasileiro de obter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. No entanto, mais uma vez, a posição americana sobre o assunto não foi assertiva. A frase de Rice mais próxima de um apoio ao pleito brasileiro foi que os Estados Unidos "apreciam o desejo brasileiro" de ter um assento permanente.

Ao lado de Rice, Patriota reforçou o discurso brasileiro aos jornalistas presentes.

"Se nós demorarmos muito, existem riscos inerentes a essa demora. Não podemos nos permitir uma ONU e um conselho que perca legitimidade, cujas decisão não sejam levadas a sério", disse. "O consenso se constrói em torno da opinião da maioria. E a maioria é favorável à ampliação nas duas categorias de membro, permanente e não permanente."


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