Folha de S. Paulo


Estudante da Universidade de Boston é confirmada como terceira vítima de explosões

Uma estudante de graduação da Universidade de Boston foi identificada como uma das três vítimas do atentado realizado na Maratona de Boston, na segunda (15).

A própria instituição confirmou o vínculo da vítima com a universidade, mas não revelou o nome desta por ainda não ter permissão da família para fazê-lo, como afirmou em nota. Ela seria de nacionalidade chinesa, segundo as primeiras informações.

"A estudante era uma de três amigos que assistiam a corria perto da linha de chegada", diz o comunicado, divulgado em seu site, que ainda confirma que outro graduando ficou ferido e se encontra "em condição estável [internado] no Boston Medical Center". A terceira pessoa não se machucou.

Os outros mortos nas explosões são Martin Richard, 8, e a gerente de restaurante Krystle Campbell, 29.

Mais cedo, a agência de notícias Associated Press e a emissora de televisão CNN informaram que as bombas usadas no atentado foram armadas dentro de panelas de pressão de seis litros. Fontes ouvidas pelos dois meios dizem que, além dos explosivos, os criminosos colocaram artefatos de metal.

Dentre os objetos usados, estão peças de metal, como agulhas, pregos, pedaços de metal e rolamentos como os usados em skates. Os agentes questionados afirmam que as bombas foram colocadas em mochilas pretas próximas ao público que estava na linha de chegada da maratona.

O canal de notícias americano informa também que o explosivo pode ter sido ativado por um alarme ou um telefone celular e a fumaça produzida foi resultado de uma mistura lenta dos explosivos com elementos químicos colorantes. Oficialmente, a polícia e o FBI ainda não se pronunciaram sobre o conteúdo da bomba.

MÉDICOS

Mais cedo, os médicos que atenderam as vítimas da dupla explosão disseram que vários dos feridos tiveram ferimentos provocados por elementos contundente. O cirurgião do Hospital Geral de Massachusetts, George Velmahos, disse que teve que retirar mais de 30 agulhas e pregos de alguns pacientes.

Velmahos afirmou que a maioria dos feridos foi atingido nas pernas, em indício de que as bombas estariam no chão. O chefe da emergência do hospital Brigham, Ron Walls, disse que, além dos pregos, foram retirados agulhas e rolamentos usados em skates.

"Tudo o que vimos foram diversos materiais que foram disparados após a explosão, mas que não foram adicionados às bombas. Não me parece o tipo de coisa que seria colocado em um explosivo para torná-lo mais prejudicial do que é".


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