Folha de S. Paulo


Polícia barenita usa gás lacrimogêneo para reprimir protesto em escola secundária

A polícia do Bahrein entrou em confronto e atirou gás lacrimogêneo em estudantes durante um protesto em uma escola secundária na capital do país, Manama.

As forças de segurança invadiram o local, uma escola para garotos, depois que os estudantes fizeram uma manifestação pela soltura de um colega, preso na segunda.

Cerca de cem pessoas foram presas no país no recrudescimento de protestos de grupos opositores contra a ditadura que controla o país, motivado pela proximidade do GP do Bahrein de Fórmula 1, que aumento a visibilidade internacional da monarquia do golfo Pérsico.

O evento também se tornou um dos símbolos do regime, devido ao envolvimento direto do governo na realização e em seu uso como propaganda do país internacionalmente. A família real barenita tem estreitado laços com o esporte, inclusive adquirindo participação acionária na equipe inglesa McLaren, por meio da estatal Mumtalakat Holding Company.

Ativistas e manifestantes barenitas têm pedido, desde 2012, o cancelamento do GP devido às violações de direitos humanos cometidas pelo regime. Apesar da pressão internacional, no ano passado, a etapa foi realizada normalmente. Este ano, novos pedidos estão sendo feitos para que os organizadores voltem atrás, incluindo o de uma comissão multipartidária de ministros britânicos.

Na segunda, um carro-bomba explodiu em Manama, sem deixar feridos. Um grupo que se autodenomina 14 de Fevereiro assumiu a autoria do atentado.


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