Os médicos que atenderam as vítimas da dupla explosão na chegada da maratona de Boston disseram nesta terça-feira que vários dos feridos tiveram ferimentos múltiplos, causados por agulhas, pregos e balas.
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O cirurgião do Hospital Geral de Massachusetts, George Velmahos, disse que os 34 pacientes que entraram na unidade de saúde, tiveram, em sua maioria, ferimentos provocados por elementos contundentes. O chefe da equipe médica disse que teve que retirar mais de 30 agulhas e pregos de alguns pacientes.
Velmahos afirmou que a maioria dos feridos foi atingido nas pernas, em indício de que as bombas estariam no chão. Ao todo, 34 pacientes foram encaminhados à unidade, sendo que oito continuam em estado grave e quatro têm risco de amputação.
O chefe da emergência do hospital Brigham, Ron Walls, disse que, além dos pregos, foram retirados agulhas e até rolamentos usados em skates. No hospital, continuam internadas 31 pessoas, sendo cinco em estado grave.
"Tudo o que vimos foram diversos materiais que foram disparados após a explosão, mas que não foram adicionados às bombas. Não me parece o tipo de coisa que seria colocado em um explosivo para torná-lo mais prejudicial do que é".
O chefe do Departamento de Polícia de Boston, Edward Davis, confirmou que 176 pessoas foram levadas aos hospitais da cidade após as explosões. Ele disse que três pessoas morreram e outras 17 estão internadas em condição crítica nas unidades de saúde.
INVESTIGAÇÕES
Mais cedo, a polícia local e o FBI (Birô Federal de Investigações, em inglês) disseram que fizeram buscas em duas casas de subúrbios de Boston em busca de pistas sobre os autores da ação. Ninguém foi preso.
Ainda não há informações de que se o ataque foi de um grupo terrorista doméstico ou internacional. No entanto, os agentes lembraram que as explosões aconteceram no dia do Patriota, data cívica de Massachusetts, e a quatro dias da lembrança dos 18 anos dos atentados de Oklahoma City, que deixaram 168 mortos.
| Editoria de arte/Folhapress | ||
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