A fama de durona da polícia de Nova York levou uma organização não governamental a criar um aplicativo que orienta os moradores sobre seus direitos e os incentiva a gravar no próprio celular a ação dos policiais.
Revista policial em negros e latinos gera protestos em NY
Com o orwelliano slogan de "eles estão nos assistindo, agora nós também podemos os assistir", a ONG NYCLU (representante em Nova York da União Americana de Liberdade Civis, na sigla em inglês) preparou inclusive uma versão em espanhol, para os imigrantes latinos.
O aplicativo tem uma seção chamada "conheça seus direitos", com informações sobre as revistas indiscriminadas. E ensina como fazer vídeo por meio do próprio aplicativo.
As imagens são recebidas pela NYCLU e podem ser usadas, caso haja excessos, como prova para tentar punir os policiais. A organização é uma das principais vozes críticas da prática.
Ela espera que a eleição para a Prefeitura de Nova York, no final do ano, seja o momento para a cidade discutir o assunto e tentar encontrar um novo modelo nas abordagens policiais.
Para o assistente social Marcel Agude, americano de origem africana que trabalha num centro de apoio à comunidade em Cypress Hill, é preciso criar alternativas para ajudar os jovens dos bairros pobres da cidade de Nova York.
Na região do Brooklin, onde atua, Marcel diz atender inúmeros jovens que estão nas ruas, sem perspectiva. "Cypress Hill é um bairro complicado". E para piorar, as escolas têm fechado as portas. É preciso criar uma alternativa para as pessoas viverem aqui e mudar o estigma de região violenta", completou Marcel Agude. (LF)