Folha de S. Paulo


G8 censura Coreia do Norte e pede que regime cesse 'provocações'

Os ministros das Relações Exteriores do G8 condenaram nos "termos mais enérgicos" o desenvolvimento das armas nucleares e de tecnologia de mísseis balísticos pela Coreia do Norte e pediram que o regime "cesse as provocações". O comunicado foi divulgado nesta quinta-feira, ao final de dois dias de reunião, em Londres.

Durante o encontro, os ministros de Reino Unido, Estados Unidos, França, Alemanha, Itália, Canadá, Japão e Rússia também abordaram a crise na Síria e a violência sexual em zonas de conflito.

O G8 se declarou, em seu comunicado final, "profundamente preocupado" com o elevado número de mortos na Síria e condenou a "retórica agressiva" do regime de Pyongyang. "Isso só servirá para isolar ainda mais a Coreia do Norte", afirmou o G8, que insistiu em seu objetivo de conseguir uma península coreana com "paz duradoura e uma desnuclearização verificável".

Em seu comunicado, eles se referiram também a outros assuntos conflituosos como o programa nuclear do Irã ou a crise na Síria, pelos quais também manifestaram preocupação. "Expressamos nossa profunda preocupação com a crescente tragédia humana do conflito da Síria", diz o texto, no qual os ministros se confessam "perplexos pela morte de mais de 70 mil pessoas" desde o início do conflito, há mais de dois anos.

Quanto ao Irã, afirmaram que assistem com "profunda preocupação" ao desenvolvimento do programa nuclear e de mísseis balísticos do país, em clara violação às resoluções da ONU (Organização das Nações Unidas).

Mais cedo, os ministros das Relações Exteriores do G8 emitiram uma declaração a favor de combater a violência sexual nas zonas de conflito, um acordo que o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, qualificou como "histórico".


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