Folha de S. Paulo


Maduro acusou EUA e oposição de fazerem plano para matá-lo

O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na noite de sábado que os Estados Unidos e a oposição venezuelana estão fazendo um plano para matá-lo antes das eleições presidenciais de 14 de abril. Ele disputa o cargo com o opositor Henrique Capriles.

Segundo Maduro, os ex-embaixadores americanos Roger Noriega e Otto Reich estão montando um plano de conspiração ao lado da "direita" de El Salvador, na América Central. O presidente diz que o grupo contrataria mercenários salvadorenhos para assassiná-lo.

Juan Barreto/AFP
Presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro segura foto de Hugo Chávez em comício em Puerto Ordaz, no sábado (6)
Presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro segura foto de Hugo Chávez em comício em Puerto Ordaz, no sábado (6)

Para o mandatário, eles ainda pretendem sabotar a rede elétrica venezuelana, que enfrenta diversos apagões nos últimos anos, e aumentar o número de homicídios na Venezuela, que tem a taxa mais alta da América do Sul.

A intenção, de acordo com Maduro, é desestabilizar o governo e os aliados chavistas para tentar um golpe para empossar os candidatos opositores. "Assim, denuncio ao mundo e peço ao povo alerta máximo", disse.

"O objetivo é matar, eles querem me matar porque sabem que não podem vencer eleições livres. Por trás disto estão as mãos de Roger Noriega e Otto Reich, e está a direita salvadorenha que enviou criminosos pagos por eles para me assassinar".

Desde o início da campanha, ele diz ser vítima de uma conspiração dos Estados Unidos e da oposição contra sua candidatura e seu período de presidente interino, mas, apesar de dizer que tem provas das acusações, nunca as apresentou.

Em março, Maduro havia acusado a Noriega e Reich de planejar um atentado, mas contra Capriles, com o mesmo objetivo de desestabilizar a Venezuela. Na ocasião, ele pediu ao presidente Barack Obama a prisão dos dois diplomatas.


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