Folha de S. Paulo


Presidente de Chipre diz ter medidas para impulsionar economia

O presidente de Chipre, Nicos Anastasiades, afirmou neste domingo, em sua primeira entrevista após o acordo para o resgate financeiro do país, que já possui um pacote de medidas urgentes para impulsionar a economia.

Entre as medidas estão a aprovação, num prazo de 30 dias, de todos projetos de desenvolvimento pendentes. Além disso, o cipriota quer transformar em medida permanente deixar isento de impostos todo reinvestimento de lucros empresariais. Outro ponto central do programa será aplicar o Fundo Europeu de Desenvolvimento para gerar emprego para os jovens.

Em relação ao gás natural, Anastasiadis assegura que o objetivo é começar o mais rápido possível as tarefas de extração no setor 12, que está sendo explorado pela empresa americana Noble Energy.

Conforme as declarações publicadas pelo pelo jornal "Fileleftheros", as medidas deverão ser aplicadas em um prazo de três a seis meses.

Com o pacote, explica o presidente, o governo quer desenvolver e favorecer o investimento estrangeiro, bem como melhorar a situação das cidadãos mais vulneráveis. Ele assegura que entre as medidas não há nenhuma voltada a cortar postos de trabalho ou salários no setor público.

Chipre precisou do acordo de resgate financeiro com a troika --União Europeia, Banco Central Europeu e FMI-- para evitar a falência. Em troca, teve que aceitar medidas como os primeiros controles de capitais da história da zona do euro --que incluíram o confisco parcial de depósitos superiores a € 100 mil--, a liquidação do banco Laiki e a reestruturação do principal banco do país, o Banco de Chipre.

Em meio à crise, o presidente cipriota, Nicos Anastasiadis, anunciou que reduziu o salário em 25% e que integrantes do governo também perderão 20% de seus pagamentos.


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