A chefe de governo alemã, Angela Merkel, o presidente francês, François Hollande, e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, prometeram nesta segunda-feira, em Berlim, que trabalharão juntos pelo crescimento e a competitividade da economia europeia.
Durante entrevista coletiva na chancelaria alemã, os dirigentes das duas principais economias da União Europeia (UE) e o presidente da Comissão Europeia evitaram tratar do socorro econômico a Chipre, destacando apenas que a "estabilidade do euro" e uma constante preocupação para o grupo.
"Esta noite [o Chipre] não é o nosso tema, e sim como conseguir uma Europa com crescimento, que dê esperança e seja competitiva", disse Merkel aos jornalistas.
Os três líderes europeus afirmaram que a competitividade da Europa é "a chave do sucesso" e pediram regras de concorrência internacionais "justas".
Hollande não citou a ilha em nenhum momento e Barroso estimou que a "crise persiste, como mostram as perspectivas de crescimento, os níveis recordes de desemprego entre os jovens e a situação recente em Chipre".
A zona do euro e a troika de credores do Chipre (UE, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu) revelaram nesta segunda-feira que não pretendem taxar os pequenos correntistas como parte do plano de socorro à ilha mediterrânea.
A ideia é taxar progressivamente apenas os depósitos que superem os 100 mil euros no país. O objetivo final de impor uma taxa aos depósitos é arrecadar 5,8 bilhões de euros, em troca do resgate 10 bilhões de euros que a Eurozona concedeu no sábado ao Chipre.
Os três dirigentes europeus participaram de um jantar de trabalho com os membros da "Mesa Redonda Europeia de Industriais", um clube seleto e liberal liderado pelo presidente da Ericsson, Leif Johansson.
O foro reúne cerca de 50 indústrias de alta tecnologia da Europa que giram 1,3 trilhão de euros e empregam 6,8 milhões de trabalhadores.