Folha de S. Paulo


Pesquisa aponta ampla vantagem de Maduro sobre Capriles na Venezuela

O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, tem uma vantagem de 14,4 pontos percentuais nas intenções de voto para as eleições presidenciais de 14 de abril, revelou nesta segunda-feira o banco de investimentos Barclays Capital, citando pesquisa de um instituto especializado.

Maduro tem a preferência de 49,2% dos eleitores pesquisados, frente a 34,8% do candidato opositor Henrique Capriles.

A sondagem da Datanalisis foi feita com 800 pessoas entre 11 e 13 de março, segundo o Barclays.

O presidente interino disse que seguirá exatamente as mesmas propostas que o líder bolivariano propôs na eleição de outubro, quando obteve seu quarto mandato.

"Continuaremos a seguir o sonho de Chávez a cada passo, graças ao método e ao legado que nos deixou", disse.

As eleições foram convocadas depois da morte do presidente Hugo Chávez, no dia 5 de março em decorrência de um câncer na região pélvica.

Antes de viajar para Cuba para realizar sua quarta cirurgia para tratamento da doença, Chávez indicou Maduro como seu sucessor e presidente interino até a realização de eleições.

É o primeiro pleito sem a participação de Chávez desde 1998.

SUCESSÃO

De acordo com a Constituição da Venezuela, como Chávez não tomou posse no dia 10 de janeiro, o presidente da Assembleia Nacional, o chavista Diosdado Cabello é quem deveria assumir a presidência e convocar novas eleições em 30 dias.

Reeleito em 7 de outubro de 2012, Chávez deveria ter se apresentado para a cerimônia de posse no Legislativo em 10 de janeiro, como determina a Constituição.

Em janeiro, enquanto Chávez estava internado em Cuba --e impossibilitado de tomar posse-- o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) autorizou que a cerimônia acontecesse posteriormente, no próprio organismo. Dessa forma, o o TSJ avaliou que, ainda que sem posse, já há um novo mandato em vigor.

Somente se Chávez tivesse tomado posse, caberia a Maduro, de acordo com a Constituição, assumir a presidência e convocar novas eleições em até 30 dias.

Com agências de notpicias


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