O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, anunciou nesta sexta-feira que seu partido, o direitista Likud, conseguiu acordo com o partido centrista Yesh Atid e o movimento de extrema direita Lar Judeu para formar o novo governo do Estado judaico.
A decisão foi anunciada após quase dois meses de negociação e faltando dois dias para terminar o prazo dado pelo presidente Shimon Peres para estabelecer a nova administração, que havia sido prorrogado no início do mês. Caso isso não acontecesse, Israel passaria por novas eleições parlamentares.
Em comunicado, o chefe de governo, que continuará no cargo, anunciou que o governo será apresentado no sábado a Peres. O novo gabinete deve prestar juramento perante o Parlamento na segunda (18), já que o Legislativo não funciona de sexta a domingo.
Com isso, Netanyahu conseguiu formar maioria necessária para governar o país, com 70 dos 120 assentos da casa. Dentre eles, 31 do Likud, 19 do Yesh Atid, 12 do Lar Judeu e seis do Hatnuá, da ex-chanceler Tzipi Livni, com quem o premiê fechou acordo no mês passado, além de dois do Kadima.
Para conseguir os acordos, ele foi obrigado a dar a Yair Lapid, ex-apresentador de TV, o cargo de Ministro das Finanças. No caso do Lar Judeu, seu líder, Naftali Bennet, será ministro de Economia e Comércio e líder de um comitê ministerial para o custo de vida, centralização econômica e aumento da competitividade.
A nova administração será a primeira sem representantes do judaísmo ortodoxo desde 2005, durante o segundo Parlamento liderado por Ariel Sharon. O Likud liderará o número de ministério, com sete das 21 pastas, seguido pelo Yesh Atid, com cinco, e o Beitenu, do ex-chanceler Avigdor Lieberman, com quatro.