Folha de S. Paulo


Líderes da UE pedem reunião para avaliar embargo de armas à Síria

Líderes da União Europeia (UE) pediram que os ministros das Relações Exteriores do bloco avaliem o embargo de armas à Síria em reunião que será realizada nos dias 22 e 23 de março, afirmou o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

Nós concordamos em dar aos nossos ministros das Relações exteriores a tarefa de avaliar a situação como questão de prioridade, já na reunião informal deles na próxima semana em Dublin, e desenvolver posições comuns", disse Van Rompuy em uma coletiva nesta sexta-feira.

A França e o Reino Unido pediram que seus parceiros na UE que levantem o embargo que proíbe a venda de armas para a oposição síria, que hoje completa dois anos de conflito contra o regime de Bashar Assad.

Para isso, é preciso ter apoio de outros países, sendo que a Alemanha se opõe fortemente à medida.

O ministro de Defesa da Áustria, Geral Klug, acredita que a suspensão do embargo agravaria ainda mais a situação, e sinalizou que a Áustria vai prezar pela segurança de seus enviados da ONU no país.

CONFLITO

O chefe de um dos principais grupos rebeldes prometeu continuar lutando até que o regime "criminoso" de Bashar Assad saia do poder. O comentário do general Salim Idris marca o segundo aniversário dos confrontos.

Idris pediu que os soldados fiéis ao regime se unam aos rebeldes em uma "luta por liberdade e democracia". Ele diz que a tarefa da oposição não é fácil, mas jurou continuar apesar do sofrimento de seus companheiros e a severa falta de armamentos.

A fala do chefe do Conselho Militar Supremo foi feita por um vídeo endereçado à população síria.

Os rebeldes haviam pedido que seus apoiadores aumentassem o número de ataques para marcar os dois anos de embates. a Irmandade Muçulmana, grupo banido no país, pediu que os rebeldes fizessem uma semana de ataque para marcar a data.

Em resposta, autoridades sírias intensificaram as medidas de segurança em Damasco. Testemunhas dizem que as tropas intensificaram as patrulhas e buscas de segurança na cidade.

O conflito começou em 15 de março de 2011, quando tropas de Assad prenderam adolescentes que escreviam mensagens anti-regime em um muro, na cidade de Daraa, no sul do país.

Desde então, o conflito deflagrado em todo o país matou cerca de 70 mil pessoas, segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU). Estima-se que mais de um milhão de pessoas estejam refugiadas em países vizinhos.


Endereço da página: