Folha de S. Paulo


Em seu 1º discurso como presidente interino, Maduro pede 'unidade' ao oficialismo

O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu neste domingo (10) "unidade" ao oficialismo, antes das eleições presidenciais de 14 de abril em que será candidato, alertando que se pode pôr a perder tudo que foi conquistado por Hugo Chávez. Foi seu primeiro discurso desde que assumiu o cargo, na sexta-feira (8).

"A única forma de todos juntos sermos Chávez é que estejamos juntos, unidos. Todos juntos somos Chávez, mas, separados, não somos nada --e podemos perder tudo", disse Maduro durante um ato em que recebeu o apoio do PCV (Partido Comunista da Venezuela) a sua candidatura.

Ele afirmou que precisa do "apoio do povo" para dar continuidade à revolução que o ex-presidente promoveu na Venezuela em seus 14 anos de governo.

"Serei candidato e serei presidente e comandante em chefe das Forças Armadas, porque ele [Chávez] ordenou que eu o fosse e irei acatar plenamente suas ordens. Mas preciso do apoio de um povo, das forças revolucionárias e da gente nobre deste país", disse o presidente interino.

Maduro foi designado por Chávez seu sucessor e candidato do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) quase três meses antes de sua morte.

Ele advertiu que não pretende imitar ou desbancar Chávez. "Uma coisa é que eu sou chavista --e vivo e morro por ele. Outra coisa é que alguém possa querer que Nicolás Maduro seja Chávez. Não. Sou chavista, sou filho de Chávez".

O presidente interino disse que irá apresentar sua candidatura ao CNE (Conselho Nacional Eleitoral) amanhã, segunda-feira (11), e que levará o projeto de governo que Chávez apresentou ao órgão quando se candidatou às eleições presidenciais de 7 de outubro de 2012.


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