Folha de S. Paulo


BCE mantém juros, mas presidente diz que queda foi avaliada

O Banco Central Europeu (BCE) manteve mais uma vez a taxa básica de juros da zona do euro no mínimo histórico de 0,75%. No entanto, o presidente da instituição, Mario Draghi, disse nesta quinta-feira que a entidade chegou a avaliar uma redução.

Draghi disse que, diante da queda da inflação, foi levantada a possibilidade de reduzir os juros para incentivar o crescimento na região, abalada pela crise da dívida pública. No entanto, a taxa foi mantida após o impasse político na Itália, que causou incerteza no mercado.

A manutenção da taxa era esperada pelos economistas consultados pela agência de notícias Reuters. Em relatório, o BCE voltou a pedir que os países do bloco alinhem suas taxas de juros para evitar descompassos na recuperação dos 17 integrantes.

Minutos após a divulgação do relatório, Draghi concedeu entrevista coletiva, em que defendeu esforços dos governos dos países da zona do euro para incentivar o crescimento e diminuir o desemprego. Outros pontos que foram reforçados foram as reduções do deficit e da dívida pública.

Para que o objetivo seja alcançado, ele defendeu reformas econômicas, trabalhistas e tributárias, em vez do uso de cortes orçamentários e aumentos de impostos, medidas que foram tomadas pela maioria dos países do euro.

PREVISÕES

O BCE também revisou para baixo a contração do PIB do euro de 2013 em relação às estimativas de dezembro. A estimativa é de redução de 0,4%, ante 0,3% de três meses atrás. Em 2014, espera-se crescimento de 1%, ao invés de 1,2%.

Quanto à inflação, a instituição prevê alta média de 1,6% neste ano, que pode variar entre 1,2% e 2%. Para o ano que vem, a taxa média prevista é de 1,4%, com variação entre 0,6% e 2,2%.


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