Folha de S. Paulo


Arcebispo de Caracas convoca missa em Roma por morte de Chávez

O arcebispo de Caracas, cardeal Jorge Urosa Savino, realizará uma missa em Roma pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que morreu na tarde de terça (5). Urosa está no Vaticano para participar do conclave que elegerá o sucessor do papa emérito Bento 16.

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A cerimônia, que deverá ser em uma igreja da capital italiana, ainda não tem data e local definido. Segundo a agência religiosa Fides, o cardeal convocou a participação de todos os venezuelanos na missa e expressou suas condolências à família do presidente.

Ele também pediu a aplicação de todos os mecanismos previstos pela Constituição para a sucessão presidencial e que as autoridades promovam "a calma e a harmonia do povo" após a morte do líder que comandou o país por 14 anos.

Além da missa em Roma, a arquidiocese de Caracas anunciou que convocará uma missa na catedral da capital venezuelana, em frente à praça Bolívar, ponto de concentração na cidade das manifestações de luto dos aliados do presidente. O horário da celebração deverá ser anunciado em breve.

MORTE

Chávez morreu por volta das 16h25 locais (17h55 em Brasília), após três meses de internação em combate a um câncer na região pélvica. Em dezembro, ele foi submetido à quarta cirurgia contra a doença, mas sofreu uma infecção respiratória e não resistiu às complicações.

Segundo o chanceler venezuelano, Elías Jaua, o vice-presidente, Nicolás Maduro, seguirá no comando do país até a convocação de novas eleições, em 30 dias. O anúncio deve gerar polêmica, pois a Constituição determina a posse do presidente da Assembleia Nacional em caso de ausência total do presidente.

Desse modo, quem deveria assumir o cargo é Diosdado Cabello. Jaua disse também que Maduro deverá ser candidato às próximas eleições presidenciais, assim como Chávez desejou na última reunião de ministros que presidiu, no início de dezembro.

De acordo com a Constituição da Venezuela, como Chávez não tomou posse no dia 10 de janeiro, o presidente da Assembleia Nacional, o chavista Diosdado Cabello, deveria assumir a presidência e convocar novas eleições em 30 dias.


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