Folha de S. Paulo


Por que não se cala?; veja vídeos famosos com Chávez

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que morreu nesta terça-feira, teve a sua primeira aparição em vídeo em 1992, após ter frustrada sua tentativa de golpe no país contra o contra o governo de Carlos Andrés Pérez.

Esse discurso de Chávez é famoso pelo trecho em que diz que, "por enquanto", os objetivos não puderam ser alcançados.

"Companheiros, lamentavelmente, por enquanto nossos objetivos não foram alcançados na capital. Quer dizer, aqui em Caracas, não conseguimos controlar o poder", afirmou.

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POR QUE NÃO SE CALA?

Também ficou famoso o vídeo no qual o rei Juan Carlos da Espanha manda Chávez calar-se, após o então presidente da Venezuela fazer críticas ao ex-primeiro-ministro espanhol José María Aznar. O rei, sem ter a palavra, lançou um furioso "Por que você não se cala?".

Confira:

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HISTÓRICO

O venezuelano ocupava o cargo desde 1999 e era o líder democrático mais longevo da história recente da América Latina, tendo sido reeleito para o quarto mandato consecutivo no último mês de outubro. O período terminaria em 2019.

Foi a terceira vez em que ele foi eleito para um mandato com duração de seis anos, regra criada pela nova Constituição, aprovada em 1999, um ano após a chegada ao poder. Na última votação, o venezuelano teve 55% dos votos, com comparecimento de 81% do eleitorado. Ele venceu em 22 dos 24 Estados.

Em 2009, o presidente promoveu um referendo sobre o fim da limitação ao número de mandatos políticos, e chegou a falar sobre se manter no governo até 2021, ou mesmo 2030.

Sob Chávez, a Venezuela teve uma redução da pobreza de 49,4% para 27,8%. A redução da desigualdade foi maior que a dos anos Lula no Brasil. Mas o mandatário também sofreu críticas por má gestão e pela violência.

Um dos maiores trunfos de Chávez na última eleição era o programa "Gran Misión Vivienda", uma espécie de versão custo zero (sem financiamentos) do programa brasileiro Minha Casa, Minha Vida que conta com, segundo números do governo da Venezuela, 272 mil beneficiários.

O programa gerou imensa esperança --mais de um terço do eleitorado diz estar na fila para receber a casa.

Chávez concorreu contra Henrique Capriles, 40, o ex-governador do populoso Estado de Miranda que representava uma mudança geracional no antichavismo e comandava as maiores reuniões populares opositoras desde 2004 com discurso centrista e de críticas à gestão do governo.


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