Folha de S. Paulo


Rússia acusa países aliados a rebeldes de encorajar violência na Síria

A Rússia acusou o grupo de países que apoiam rebeldes sírios de usar a ajuda financeira para encorajar os opositores a derrubar o regime do ditador Bashar Assad de forma violenta. O país também os acusou de instigar grupos extremistas.

As declarações dos russos vêm em resposta à ajuda concedida pelo grupo, conhecido como Amigos da Síria, no valor de US$ 80 milhões (R$ 156 milhões). Dentre os insumos, estão ajuda humanitária, de comunicação e equipamentos de proteção, como coletes à prova de balas. Não foram fornecidas armas.

O grupo de países tem como integrantes potências ocidentais, como Estados Unidos, França e Reino Unido, e nações do golfo Pérsico, como Arábia Saudita e Qatar. Ambos são abertamente favoráveis aos rebeldes sírios e pedem a saída de Assad.

Em comunicado, o Ministério de Relações Exteriores russo disse que as decisões encorajam a tomada do poder pela força. "Para nós, atualmente o objetivo urgente é deter imediatamente o derramamento de sangue e a violência, e estabelecer um diálogo político".

Na quinta (28), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que a comunidade internacional da crescente atividade dos grupos terroristas na Síria. "Não se pode permitir que se aproveite a tragédia síria para que grupos radicais e o terrorismo internacional atuem".

A ajuda dos países aliados aos rebeldes foi feita junto com uma declaração de apoio político e humanitário. Também foi a primeira vez em que os Estados Unidos enviaram diretamente equipamentos não letais para as forças militares sírias, mas descartou qualquer envio de armas.

A Coalizão da Oposição Síria agradeceu o apoio financeiro, mas pediu novamente que os países ocidentais concedam armas aos rebeldes. No entanto, as potências temem que o armamento chegue a radicais islâmicos e grupos terroristas, como o Jabhat al Nusra, vinculado à rede Al Qaeda.


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