Folha de S. Paulo


Desemprego na Alemanha se mantém em 6,9%, próximo a mínima

A taxa de desemprego na Alemanha se manteve em 6,9% em fevereiro, patamar próximo à mínima histórica após a reunificação do país, em 1990. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo Escritório Federal do Trabalho.

A manutenção do nível do índice alimenta as esperanças de que a demanda do consumo interno ajudará a recuperar o crescimento na maior economia da zona do euro e da Europa, tendo reflexo nos resultados de todo o continente.

Segundo relatório do órgão do governo alemão, o número de pessoas sem emprego teve ligeira queda em 3.000, chegando a 2,917 milhões em fevereiro. O resultado ficou ligeiramente abaixo da expectativa dos analistas consultados pela agência de notícias Reuters, que previam queda de 5.000.

Desse modo, a taxa de desemprego permaneceu em 6,9%, um décimo acima dos 6,8% obtidos quando o país foi reunificado, em 1990.

A taxa de desemprego baixa é uma boa notícia para a chanceler alemã, Angela Merkel, que enfrenta uma eleição em setembro que pode ser influenciada pela situação da economia.

O governo espera que a situação estável do desemprego alimente o consumo privado neste ano para ajudar a compensar a fraqueza nos parceiros comerciais da zona do euro. A Alemanha exporta cerca de 40% de seus bens para membros do bloco monetário.

A economia alemã encolheu 0,6% no quarto trimestre, sucumbindo à forte queda na demanda de seus parceiros europeus, mas economistas esperam que essa situação não dure muito e não veem a Alemanha caindo em uma recessão técnica, definida como dois trimestres consecutivos de contração.


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