Paris e Bamaco anunciaram nesta terça-feira que a operação militar contra os grupos islamitas armados no norte do Mali se encontra em sua fase final, enquanto um francês e mais de vinte extremistas morreram em combates.
O presidente da França, François Hollande, anunciou em Atenas, onde está em visita, a morte de um sargento da Legião Estrangeira em "um sério confronto" no norte do Mali. Segundo o estado-maior do exército francês, nesse episódio morreram também mais de vinte islamitas armados.
O sargento-chefe Harold Vormezeele, 33, é a segunda baixa francesa desde que Paris interveio no Mali no dia 11 de janeiro para deter e eliminar o avanço islamita em direção a Bamaco, capital do Mali.
Os grupos islamitas já haviam tomado o norte do país aproveitando a instabilidade gerada pelo golpe militar de março de 2012, derrubando o então presidente Amadou Toumani Touré.
Questionado pela imprensa francesa, Hollande explicou nesta terça-feira que os combates fatais ocorreram durante uma operação das forças especiais em curso desde a última segunda-feira (18) no maciço montanhoso de Ifoghas, próximo à fronteira argelina.
"Neste momento temos as forças especiais no norte do Mali intervindo em uma zona especialmente delicada, o maciço de Ifoghas, onde os grupos terroristas recuaram", explicou Hollande.
"Houve um confronto sério, com numerosos mortos do lado dos terroristas e também um morto do lado francês", acrescentou.
O objetivo é "ir até o final, isto é, à prisão dos últimos chefes ou grupos terroristas que permanecem no extremo norte do Mali", explicou Hollande.
O presidente afirmou ainda que o exército francês, que também é o comandante supremo, realiza atualmente "a última fase da operação no Mali".
Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro malinês, Diango Cissoko, falou desde Paris sobre o fim das "grandes operações militares" em seu país.
"A situação é muito melhor que há algumas semanas. As grandes operações militares estão chegando ao fim. Falta ainda garantir a segurança da zonas libertadas", declarou Cissoko em uma coletiva de imprensa com o chanceler francês, Laurent Fabius.
"Existem ainda operações difíceis, nem todos os terroristas foram eliminados", enfatizou Fabius.