Folha de S. Paulo


Reeleito, Rafael Correa tentará atrair mais investimentos ao Equador

O presidente do Equador, Rafael Correa, 49, deve tentar atrair mais investimentos estrangeiros ao país após se reeleger no pleito deste domingo. O economista derrotou seu principal rival na votação de domingo com mais de 30 pontos percentuais de vantagem e terá mais quatro anos de mandato.

Com a saída temporária de cena de Hugo Chávez, que se recupera de um câncer na região pélvica, Correa se torna a mais inflamada voz latino-americana no combate ao livre mercado e na promoção de programas sociais às populações mais pobres.

Esses programas, no entanto, dependem dos preços das matérias-primas produzidas pelo Equador, assim como no caso venezuelano. Por isso, Correa precisa elevar a produção de petróleo, que ficou estagnada, e incentivar o nascente setor minerador.

Por outro lado, o governo busca mudanças na lei de mineração para facilitar um acordo com a empresa canadense Kinross para o desenvolvimento de uma grande jazida de ouro.

Esse será um importante teste para a sua capacidade de oferecer segurança aos investidores, mas sem que o Estado abra mão de uma grande parcela do faturamento.

Apesar da necessidade de investimentos para aumentar a arrecadação do governo, Correa deverá incentivar medidas que podem afastar o investimento estrangeiro. Dentre as promessas de seu próximo mandato, estão a reforma agrária e a lei de meios de comunicação, que faz parte de seu confronto com a imprensa.


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