Folha de S. Paulo


Desemprego na Grécia passa dos 27% em novembro, em novo recorde

O percentual de desempregados na Grécia chegou ao recorde de 27% em novembro, segundo dados da Agência Nacional de Estatísticas divulgados nesta quinta-feira. O número é 0,4 ponto percentual maior que o obtido em outubro e seis pontos percentuais a mais que o registrado no mesmo período de 2011.

As altas taxas de pessoas sem trabalho no país se devem à recessão causada pela crise da dívida pública, que provocou a queda de 30% do PIB grego nos últimos cinco anos. No quarto trimestre, a redução foi de 6% e a previsão para 2013 é de nova queda, de 4,5%.

Segundo a agência de estatísticas, mais de 30 mil pessoas perderam seus empregos em novembro. O grupo mais afetado é o dos jovens entre 15 e 24 anos, com 61,7% de desempregados. Ambas as taxas são as mais altas da Europa, seguido de perto pela Espanha, com 26,2%.

No cálculo total da população do país, 1,35 milhão dos 11 milhões de gregos estão desempregados, o que está elevando o percentual da população abaixo da linha da pobreza no país.

Em 2012, o número de pessoas que ganham menos de € 7.200 por ano (R$ 18.900) chegou a 3,9 milhões, 800 mil pessoas a mais que em 2011.

A Grécia teve sua crise aprofundada nos últimos três anos por causa de dois resgates financeiros de credores internacionais. Devido às exigências internacionais, Atenas foi obrigada a aplicar cortes de Orçamento e medidas de austeridade, que reduziram a capacidade de investimento do governo.

Com isso, houve demissão de funcionários públicos, cortes de gastos e uma série de protestos e greves gerais contra a administração do premiê Antonis Samaras.


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