Folha de S. Paulo


PIB da Espanha contrai 1,37% em 2012, menos do que o previsto

O PIB (Produto Interno Bruto) da Espanha teve nova contração em 2012, fechando em 1,37%, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas. A queda, no entanto, é menor que os 1,5% previstos pelo governo.

O número foi ligeiramente acima da meta mesmo com os resultados do quarto trimestre, em que houve contração de 1,8% em relação ao mesmo período de 2011. A redução foi abaixo da expectativa do mercado, que esperava queda de 1,7%. No terceiro trimestre, a contração foi de 1,6% em relação ao 2011.

Na comparação trimestral, a economia contraiu 0,7%, abaixo dos 0,3% no trimestre anterior, e também abaixo das expectativas dos economistas de um declínio de 0,6%. Este recuo é o pior da economia espanhola desde o segundo trimestre de 2009.

Em comunicado, o INE atribuiu a recessão a uma diminuição do consumo interno, mesmo tendo maior compensação das exportações a outros países. A entidade afirmou que o resultado interno também foi afetado pelas medidas para reduzir o deficit público, como a alta do Imposto sobre Valor Agregado (IVA).

PIORES ANOS

Os dados serão confirmados em 28 de fevereiro, e ratificará um dos piores anos da economia espanhola desde o início da crise das hipotecas nos Estados Unidos, que afetou a economia mundial em 2008. No período, o pior índice foi registrado em 2009, com queda de 3,74%.

O país possui uma das maiores taxas de desemprego da Europa, que chegou a 26,2% em novembro, e não deverá cumprir a meta de economia para reduzir o deficit público, uma das exigências do BCE (Banco Central Europeu) para acabar com a crise financeira.

O deficit deverá fechar em 8% do PIB, longe da meta de 6,3% estipulada pela instituição europeia. Neste ano, o governo de Mariano Rajoy deverá alcançar a meta de 4,5%. Também há o temor de que o país tenha que pedir resgate financeiro ou a compra de títulos pelo BCE, o que aprofundaria os cortes e a recessão.


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