Folha de S. Paulo


Favorito, premiê de Israel pede votos diante de comparecimento recorde

O comparecimento popular nas eleições israelenses desta terça-feira (21), até às 18h local (14h de Brasília), quatro horas antes do encerramento do processo, era de 55,5%, mais de cinco pontos acima da votação de 2009, e a maior desde 1999, informou a Comissão Eleitoral Central.

Os índices de comparecimento seguem crescendo progressivamente em relação às eleições anteriores conforme a votação transcorre. Vários candidatos continuam percorrendo o país pedindo voto para seus partidos.

Em uma visita a um colégio eleitoral da cidade de Ashdod, no centro do país, o primeiro-ministro israelense e candidato à reeleição, Binyamin Netanyahu, disse que relatórios procedentes das zonas tradicionais de seu partido, o direitista Likud, indicam que o comparecimento na cidade é menor do que a média nacional.

"Por isso, chamo os seguidores do Likud a deixar tudo e ir votar", disse o primeiro-ministro, cuja formação concorre nestas eleições com o Yisrael Beiteinu, partido ultranacionalista do ex-ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman.

Se reeleito, Netanyahu ganhará um terceiro mandato, depois de ter servido como primeiro-ministro na década de 1990 e novamente desde 2009.

O ministro da Educação e membro do Likud, Gideon Sar, reconheceu que sua formação está "preocupada pelos altos índices de participação registrados em zonas nas quais a esquerda é forte", e anunciou que a legenda está trabalhando para encorajar as pessoas a votarem nas áreas mais vinculadas ao seu partido.

A ex-chefe da oposição e líder do recém criado partido centrista Hatnua, Tzipi Livni, mostrou-se hoje especialmente otimista pelos elevados índices de comparecimento.

"De repente as pessoas estão saindo de suas casas. Talvez vá ocorrer uma revolução aqui", afirmou Tzipi Livni, para quem as últimas pesquisas davam oito cadeiras no Parlamento.

A líder do Partido Trabalhista, Shely Yajimovich, apontado pelas enquetes como nova líder da oposição, disse que se o comparecimento for alto, "ainda é possível derrotar Netanyahu".

A lista conjunta do Likud Beiteinu parte como grande favorita nestas eleições, segundo as pesquisas, que apontam também para uma alta do partido ultranacionalista religioso Habayit Hayehudi, liderado por Naftali Bennett.

No entanto, a distância entre as formações de direita do bloco de centro-esquerda e partidos árabes se reduziu nos últimos dias de campanha.

Pesquisas publicadas na última sexta-feira (18) situaram a diferença entre ambos os blocos em apenas seis ou oito deputados, dos 120 que integram a Knesset (Parlamento).

Cerca de 5,6 milhões de israelenses têm direito de votar. Depois do fechamento dos colégios eleitorais, às 22h local (18h de Brasília), as pesquisas de boca de urna serão divulgadas. Por volta das 0h local (20h de Brasília) a apuração já deverá estar bastante adiantada.


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