De seu escritório localizado num dos silos do antigo porto de Montevidéu, ao lado do terminal da embarcação que faz a ponte entre essa cidade e Buenos Aires, a ministra Liliam Kechichian exibe orgulhosamente os números de sua pasta.
Em 2012, o turismo foi responsável por nada menos que 8% do PIB uruguaio, ficando atrás só do setor agroexportador (carne e soja, principalmente) em importância.
O "boom" turístico uruguaio é um fenômeno que começou há pouco menos de dez anos. Enquanto, em 2005, entravam no país US$ 500 milhões provenientes da atividade, em 2012 esse valor aumentou para US$ 2 bilhões.
"Estamos aprendendo a ser um país especializado em serviços. Isso fez com que aproveitássemos melhor a moda de estrangeiros virem passar o verão em nossa costa", diz Kechichian.
A ministra destaca a presença dos brasileiros. "Há cinco anos, recebíamos 150 mil brasileiros por ano, hoje são 400 mil", observa.
Devido ao aumento do fluxo, algumas companhias aéreas colocaram linhas extras durante o verão. A TAM duplicou a frequência de seus voos, a Buquebus inicia neste ano um serviço direto entre Porto Alegre e Punta del Este e a Gol mantém, durante essa época do ano, um voo diário a partir de São Paulo.
Ainda assim, a ministra admite que o fim das atvidades da Pluna, em setembro, criou um problema de conectividade com o Brasil.
"De algum modo, os turistas chegam; há muita fidelidade com relação a Punta, mas há dificuldades."
IMÓVEIS
O investimento imobiliário também cresce na costa uruguaia. Neste ano, somaram-se US$ 5 bilhões investidos em novos complexos residenciais, numa área de 3 milhões de metros quadrados. (SC)