A produção industrial da zona do euro caiu pelo terceiro mês consecutivo, fechando com redução de 0,3% em novembro, segundo dados do Escritório Europeu de Estatísticas (Eurostat) divulgados nesta segunda-feira. O número surpreendeu os economistas, que esperavam alta para o período.
Segundo o órgão, a retração do setor em comparação ao mesmo período de 2011 foi de 4%. Alemanha, França e Itália respondem por dois terços da produção total do bloco. Economistas consultados pela Reuters esperavam uma variação positiva de 0,1% em novembro e retração anual de 3,2%.
A pior queda foi na produção de bens de consumo duráveis, como eletrodomésticos e eletrônicos, com 8% em relação a 2011. Por outro lado, o setor de maquinários cresceu 0,7% em novembro em relação a outubro, no que pode ser um sinal positivo sobre os negócios no futuro.
Se a fabricação desses bens de capital continuar a crescer, o Banco Central Europeu terá mais um sinal de que a economia do bloco está se recuperando da recessão e que a economia atingiu seu menor nível no quarto trimestre do ano passado.
Na quinta (10), o presidente da entidade, Mario Draghi, disse que a situação tinha chegado a seu pior ponto entre outubro e dezembro e que a zona do euro voltaria a registrar crescimento de forma lenta e gradual a partir do segundo semestre deste ano.
A crise da dívida na zona do euro fez com que os países do bloco registrassem aumento do desemprego e diminuição drástica do consumo. Essas duas variáveis reduziram a demanda por bens industrializados.
Apesar de a zona do euro ter evitado uma ruptura no ano passado, as famílias estão sendo bastante afetadas com as turbulências.