Folha de S. Paulo


Enviada especial relata naturalidade das crianças sírias com bombas

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Enquanto Estados Unidos e Rússia reeditam a Guerra Fria em território sírio, uns armando a oposição ao ditador sírio Bashar Al-Assad e outros bombardeando essa mesma oposição, a vista a partir da própria Síria é turva.

O relato acima é da repórter especial da Folha Patrícia Campos Mello, que voltou recentemente do país e, nesta segunda-feira (5), participou de transmissão ao vivo da "TV Folha".

Na entrevista, a jornalista completa o relato ao descrever a condição atual dos sírios: com Assad ou com o Estado Islâmico, os mais prejudicados serão sempre os sírios.

Segundo ela, crianças sírias já sabem, por exemplo, o roteiro do cotidiano. Costumam, inclusive, encená-lo: "quando a gente ouve aquele barulho que parece um assobio, a gente deita no chão, assim, porque está vindo a bomba", demonstraram à jornalista.

"Não há nenhuma perspectiva de solução. Tem muita gente que volta e, ao ver a própria casa destruída, pensa em reconstruí-la, mesmo com poucos recursos, sabendo que a situação é totalmente frágil e que, daqui a um mês, pode haver algum novo ataque", relata Patrícia Campos Mello às jornalistas Luciana Coelho e Leda Balbino, editora e editora-adjunta de "Mundo", respectivamente, que participaram da mesa.


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