Folha de S. Paulo


Refugiado traz resultado, diz empregador

Empresas que contratam refugiados dizem que eles aumentam a diversidade de experiências dentro da companhia e o engajamento de funcionários e clientes.

A GM contratou há pouco mais de um mês dez refugiados para atuar na linha de produção de sua fábrica de São Caetano (SP).

Priscilla Barros, gerente de aquisição de talentos da GM, diz que ter um grupo heterogêneo é uma vantagem.

"A diversidade gera inovação e melhores resultados. Quando só há pessoas que pensam da mesma forma, não se é tão agressivo em inovação", afirma.

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Além disso, refugiados valorizam as oportunidades, assumem compromisso com o trabalho e servem de exemplo para os outros, diz.

O congolês Patrick Kapukee, 23, estudava medicina em seu país natal. Mas, após ser contratado pela GM no Brasil, já pensa em se dedicar à engenharia mecânica.

Ele veio ao país há nove meses, seguindo o irmão, que chegou há quatro anos. Na empresa, monta dobradiças para portas dos veículos.

Orgulhoso de seu trabalho, ele pensa em fazer carreira.

"Estou ainda muito jovem, tenho tempo para estudar e me desenvolver na empresa."

No caso do café Trampolim, do hotel Ibis Budget da avenida Paulista, ter refugiados como garçons e fazendo parte de uma equipe marcada pela diversidade (com homossexuais que foram rejeitados pela família, estudantes de gastronomia em primeiro emprego e jovens carentes) se tornou diferencial para o negócio.

A opção permite, além de dar oportunidades de crescimento a esses profissionais, atrair um público descolado, que busca por um consumo mais consciente, diz Juliana Valença, gerente-geral da unidade da rede.

"Não queríamos lançar só mais um restaurante, igual a qualquer outro. Por que não fazer algo com um propósito, um sentido?"

REFÚGIO NO BRASILPaís recebeu mais de 31.500 solicitações em 2017

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