Folha de S. Paulo


Apesar de adiamento da Previdência, mercado projeta alta maior do PIB

O adiamento da votação da reforma da Previdência no Congresso para fevereiro, anunciado na quarta (13), não desanimou as expectativas do mercado de recuperação da economia.

Analistas e economistas ouvidos pelo Banco Central revisaram para cima suas projeções de alta do PIB em 2017, de 0,91% para 0,96%, e para 2018, de 2,62% para 2,64%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda (18).

O mercado também passou a ver inflação menor neste ano e no próximo, em meio ao ciclo de afrouxamento monetário que já levou a taxa básica de juros à mínima histórica, mostrou a pesquisa.

As expectativas para a alta do IPCA neste ano recuaram a 2,83%, sobre 2,88%, ainda mais abaixo da meta oficial do governo, de 4,5% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Boletim Focus

Caso a estimativa se confirme, o presidente do BC terá que enviar uma carta ao ministro da Fazenda justificando o descumprimento da meta.

Para 2018, a projeção de inflação passou para 4%, ante 4,02% no levantamento anterior.

O Focus mostrou ainda que a projeção para a taxa básica de juros no final de 2018 continua sendo de 7%, após redução de 0,25 ponto percentual em fevereiro e elevação na mesma proporção em dezembro.

Depois de cortar a Selic em 0,5 ponto percentual, para a mínima histórica de 7% ao ano, o BC informou na ata do encontro que mantém sua "liberdade de ação" para decidir os próximos passos da política monetária daqui para frente.

Entretanto, ressaltou que suas decisões serão tomadas com "cautela", mantendo o caminho pavimentado para novo corte, porém menor, da taxa básica de juros no início de 2018.

O grupo dos que mais acertam as previsões, o chamado Top-5, mantiveram as contas de que a taxa básica de juros fechará 2018 a 6,5%.


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