Folha de S. Paulo


Linha de transmissão da usina de Belo Monte entra em operação

Uma linha de transmissão de energia da hidrelétrica de Belo Monte, que levará do Norte ao Sudeste a produção da usina, entrou em operação comercial na terça-feira (12), com dois meses de antecedência, depois de a chinesa State Grid e a Eletrobras recuperarem o atraso das obras, após protestos da população local.

Originalmente, a energia de Belo Monte seria escoada primeiro por uma grande linha sob responsabilidade da Abengoa, mas a empresa abandonou o empreendimento em meio a uma crise financeira no final de 2015.

Com mais de 2.000 quilômetros em extensão, a operação do linhão é vista como fundamental por autoridades brasileiras, uma vez que a falta de capacidade para levar a energia de Belo Monte ao sistema elétrico –com os problemas da Abengoa– já impedia a usina no rio Xingu de ligar turbinas adicionais.

A limitação ainda aconteceu em um momento de alta nos custos da eletricidade no Brasil devido ao baixo nível nos reservatórios de hidrelétricas, principal fonte de energia do país.

Com a antecipação da entrada em operação do linhão, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) indicou no início do mês que seria descartado o uso de térmicas mais caras.

Considerada a maior linha de transmissão de corrente contínua da América Latina, o linhão teve investimento aproximado de R$ 5 bilhões.


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