Folha de S. Paulo


Brasil vê travas em temas vistos como importantes em acordos bilaterais

O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, fez nesta quarta-feira (13), um balanço da participação do Brasil na 11ª edição da OMC.

"Nós reafirmamos nosso compromisso com o multilateralismo", disse o chanceler, mas admitiu que houve travas no avanço de alguns temas considerados importantes pelo governo, entre eles o subsídio à formação de estoques domésticos e à produção agrícola.

"Não houve como fazer nenhum acordo agora", disse o chanceler. Já sobre a pesca, acrescentou o chanceler, "pudemos decidir um cronograma de trabalho para chegar a um acordo".

O chanceler disse que, com relação aos chamados "temas novos" dessa reunião da OMC –comércio eletrônico, participação de pequenas e médias empresas, participação das mulheres no comércio– foram formados grupos de países, dos quais o Brasil participará, que trabalharão antes da próxima reunião da OMC para se chegar a acordos multilaterais.

Os ministros brasileiros realizaram também várias reuniões bilaterais: Cingapura, Reino Unido, Portugal, Austrália, Equador, México e Ucrânia, a pedido desses países, para tratar de questões pendentes sobre o comércio bilateral, porém, não houve detalhamento dessas conversas.

Apesar de não ter sido possível finalizar o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, Aloysio disse que o clima entre os chanceleres do bloco hoje é de muita sinergia. "Temos até um grupo de Whats App que é muito ativo", brincou o chanceler.


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