Folha de S. Paulo


Posição de partidos não será decisiva para PSDB apoiar reforma, diz Goldman

Bruno Poletti/Folhapress
Alberto Goldman, presidente interino do PSDB
Alberto Goldman, presidente interino do PSDB

O presidente interino do PSDB, Alberto Goldman, disse nesta quarta-feira (6) que a decisão de outros partidos sobre o apoio à reforma da Previdência será "levada em conta", mas que isso não será decisivo para um posicionamento dos tucanos.

A fala ocorre depois de o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), ter dito nesta quarta que a sigla vai fechar questão a favor da reforma e que espera que outros partidos da base façam o mesmo.

Em encontro esvaziado, a executiva do partido debateu nesta quarta as mudanças na regra da aposentadoria. O secretário da Previdência, Marcelo Caetano, fez uma apresentação aos tucanos, que também ouviram argumentos favoráveis à proposta de seu relator, deputado Arthur Maia (PPS-BA).

Inicialmente o partido pretendia decidir nesta quarta se fecharia questão a favor da reforma, mas o assunto foi adiado por falta de apoio. "A maioria está vacilando porque tem dúvidas sobre o projeto", disse Goldman.

Apenas 11 dos 46 deputados do PSDB estiveram presentes, além de quatro dos 11 senadores. O líder da sigla na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), também se ausentou. Ele disse ter sido chamado pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) para uma reunião.

Ao fim do encontro, o senador Aécio Neves (MG) reconheceu que há uma "desmobilização" dentro do partido sobre a reforma, mas que espera que isso seja revertido. Ele aposta que o futuro presidente do PSDB, Geraldo Alckmin (SP), poderá ajudar no aumento de apoio na bancada.

"O governador tem compromisso com a reforma e já externou isso. Eu acho que ele tem capacidade de influência importante na bancada", declarou.


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