O consumo das famílias, que foi um dos maiores motores do PIB na década passada, cresceu novamente no terceiro trimestre.
De acordo com os dados do PIB, divulgados nesta sexta-feira (1º) pelo IBGE, o consumo das famílias teve alta de 1,2% no terceiro trimestre, frente aos três meses anteriores. O PIB brasileiro cresceu 0,1%, praticamente estável em relação ao segundo trimestre.
Na comparação com período equivalente do ano passado, o crescimento do consumo familiar foi de 2,2%.
A queda da inflação e das taxas de juros, aliadas à redução, ainda que lenta, do desemprego, explicam as altas no consumo. A liberação do dinheiro de contas inativas do FGTS à população ajudou na melhora principalmente no segundo trimestre deste ano.
A alta na comparação entre trimestres subsequentes é a terceira consecutiva. O IBGE revisou os números dos trimestres recentes e concluiu que a virada do consumo, na verdade, ocorreu no primeiro trimestre do ano.
No final da década passada, o investimento e o consumo das famílias foram os motores do PIB, que cresceu a reboque do movimento de aumento de renda do trabalhador brasileiro.
O desemprego tem diminuído no país após sucessivos recordes nos últimos dois anos. Apesar de a queda estar baseada, principalmente, no aumento de vagas informais, a alta das contratações está relacionado à melhora do consumo das famílias.
Na esteira desse crescimento, o setor de serviços subiu 0,6% no terceiro trimestre deste ano, frente aos três meses anteriores. Na comparação anual, a alta foi de 1%.
Consumo das famílias - Tri. X Tri. imediatamente anterior, em %
GOVERNO
Enquanto as famílias ampliam seus gastos, o governo segue em rota contrária, com queda no consumo.
No terceiro trimestre, o indicador caiu 0,2% em relação ao período de três meses imediatamente anteriores. Já são cinco trimestres consecutivos de queda.
As medidas de ajuste fiscal e o teto dos gastos públicos são os fatores que ajudaram a baixar o indicador.
Consumo do governo - Tri. X Tri. imediatamente anterior, em %