Folha de S. Paulo


Esser Incorporadora atribui atrasos na entrega de obras à crise econômica

Joel Silva/Folhapress
Start Up, que tinha previsão de entrega para dezembro, mas nem recebeu revestimentos
Start Up, que tinha previsão de entrega para dezembro, mas nem recebeu revestimentos

Procurada pela Folha, a Esser afirmou, por meio de uma nota, que, em razão da grave crise econômica que assola o país, a companhia passa por um período de ajustes internos que trouxeram atrasos às suas obras.

"A empresa esclarece que está tomando todas as medidas necessárias para os ajustes que possibilitarão a retomada dos empreendimentos, os quais estão com velocidade de obras reduzida."

De acordo com o texto, "em pouco tempo a Esser comunicará a todos os seus clientes as medidas tomadas e os novos prazos de consecução e conclusão das obras citadas".

Na nota, a empresa afirma ter mais de 20 anos no mercado e 35 obras acabadas, que representam 6.500 unidades e 700 mil metros quadrados construídos.

Os números são inferiores aos que constam em revistas editadas pelo Grupo Esser, em que declarava ter lançado mais de cem projetos em cinco décadas, superando 2 milhões de metros quadrados de área construída.

À JUSTIÇA

Em sua defesa nos processos judiciais, a incorporadora diz que "não vem medindo esforços para o cumprimento de suas obrigações", mas que está passando por dificuldades financeiras.

Segundo a Esser, com a crise, "houve um descasamento entre faturamento e obrigações financeiras".

A incorporadora diz que houve uma imensa quantidade de ações de rescisões de contrato. "Muitos adquirentes das unidades imobiliárias, por motivos diversos, como desemprego, desistiram de suas aquisições."

"Com o desaquecimento da economia, as construtoras passaram a encontrar dificuldades para a venda das unidades que retornaram ao seu estoque", afirma.


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