Folha de S. Paulo


Setor de serviços tem queda de 0,3% em setembro, diz IBGE

Edson Silva - 11.set.2013/Folhapress
RIBEIRAO PRETO, SP, BRASIL, 11-09-2013: Praça de alimentação no novo shopping popular na região da baixada, que foi entregue oficialmente hoje em cerimônia na prefeitura. Com o novo centro popular de compras a prefeitura vai implantar a tolerância zero contra vendedores ambulantes no centro de Ribeirão Preto ( Foto: Edson Silva/Folhapress) ***REGIONAIS***EXCLUSIVO***
Praça de alimentação em shopping popular em Ribeirão Preto

O setor de serviços do Brasil contraiu inesperadamente em setembro e fechou o terceiro trimestre com perdas, destacando a dificuldade de retomada mesmo diante da inflação baixa e da melhora do mercado de trabalho.

O volume de serviços recuou 0,3% em setembro em relação a agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (17). A expectativa em pesquisa da com especialistas era de avanço de 0,3%.

O resultado marcou a terceira contração mensal e assim o setor terminou o terceiro trimestre com recuo de 0,6% sobre o período anterior, devolvendo o ganho de 0,2% registrado no segundo trimestre.

Setor de serviços - Variação do volume de serviços, em %

"A reação dos serviços depende de um ritmo mais forte da economia, de uma demanda maior da indústria, do comércio e dos governos (regionais), que enfrentam dificuldades fiscais", explicou o coordenador da pesquisa no IBGE, Roberto Saldanha.

Na comparação com setembro de 2016, o varejo recuou 3,2% no volume, bem pior do que a expectativa de recuo de 2,4% na pesquisa da Reuters. A série histórica do IBGE foi iniciada em 2012.

Os dados das categorias analisadas mostram que a queda de 1,8% nos serviços de informação e comunicação teve importante peso para o resultado mensal, uma vez que vem sendo afetado pela redução da demanda, principalmente da indústria, segundo Saldanha.

Setor de serviços - Variação da receita nominal do setor de serviços, em %

Também recuaram os serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,2%) e Outros Serviços (-0,1%).

Somente serviços prestados às famílias (5,9%) e transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (0,3%) subiram no mês.

A inflação e os juros baixos no país aliados à melhora do emprego incentivam o consumo e vêm ajudando a recuperação econômica, mais ainda de maneira irregular e gradual.

Em outubro, a confiança do setor de serviços medida pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostrou melhora pela quarta vez seguida, chegando ao nível mais alto em três anos.


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